Encurtar a distância do conhecimento produzido na Universidade Federal do Paraná em relação aos produtores rurais. Esse é um dos objetivos do 3º Dia de Campo em Sistemas Integrados de Produção Agropecuária, que aconteceu nesta quarta-feira (22) na Fazenda Experimental Canguiri da UFPR. O evento, que contou com cerca de 120 participantes, teve como público professores e estudantes de ciências agrárias, lideranças rurais, produtores agrícolas em geral, profissionais e empresas da área.
O professor Anibal de Moraes, coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica de Sistemas Agropecuários (NITA), grupo que promoveu o evento, conta que “o Dia do Campo é uma forma de levar, ao público em geral, a oportunidade de receber as inovações que a pesquisa está apresentando como novidade para o campo e que isso possa ser adotado o mais rápido possível”.
Evento discute formas sustentáveis de produção
Entre os temas abordados no evento estão os Sistemas Integrados de produção agropecuária, que é uma tecnologia voltada para a produção de alimentos, tanto grãos, quanto fibras, carnes e leite. Segundo Moraes, os Sistemas Integrados são sistemas mais sustentáveis e que conseguem dar mais eficiência ao uso da terra. “Na mesma unidade conseguimos produzir mais alimentos, usando menos insumos”, conclui o professor.
“Por ser uma tecnologia recente ela precisa ser difundida, tanto no meio acadêmico quanto no produtivo. É uma tecnologia já reconhecida como mitigadora de gases do efeito estufa, que ajuda a recompor o solo degradado por processos de uso intensivo da terra” – reforça uma das participantes do encontro, Daniele Martim, mestranda do Programa de Pós Graduação em Produção Vegetal da UFPR.
Núcleo de Inovação Tecnológica de Sistemas Agropecuários
O NITA, Núcleo de Inovação Tecnológica de Sistemas Agropecuários, foi criado em 2011 com o objetivo de pesquisar os sistemas integrados. O grupo é orientado pela base teórica de que o incremento da diversidade e complexidade biológica possibilita explorar melhor as funções dos ecossistemas, pois promove ciclagem de nutrientes mais eficientes e maior sequestro de carbono. Dessa forma é possível reduzir o impacto ambiental do processo de produção, gerando melhorias na qualidade ambiental.