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UNIVERSIDADE
FEDERAL DO PARANÁ

Dia da Educação: alunos de escolas públicas conhecem jeito de ensinar do curso de Petróleo e Gás do SEPT

Em comemoração ao Dia da Educação (28/4), vamos divulgar durante esta semana uma série de matérias da Universidade Federal do Paraná sobre ações que vão desde a educação básica até os ensinos superiores. Nesta quarta-feira (25), o tema é a atividade de estreia do projeto de extensão Um Dia na UFPR, que leva informações sobre o sistema de aprendizagem do curso de Petróleo e Gás do Setor de Educação Profissional e Tecnológica (SEPT) a alunos de escolas públicas de Curitiba.

A maioria dos alunos do 9º ano que participaram nesta quarta-feira (25) do projeto de extensão que apresenta o curso de Petróleo e Gás do SEPT desconhecia o que é uma protoboard. Ainda assim, com a ajuda do professor André Barrios, todos que tentaram conseguiram montar a placa, que serve de base para circuitos eletrônicos. A confirmação de que a montagem de fios e resístores seguia o esquema desenhado no quadro-negro vinha quando a protoboard era conectada a uma fonte de energia e a lâmpada de LED do circuito acendia. “Não foi tão difícil”, conta Maria Negrelli, de 14 anos, que estuda em uma escola estadual de Curitiba.

Essa foi uma das atividades que marcaram a estreia do projeto de extensão Um Dia na UFPR, que ainda fará pelo menos 14 encontros com alunos das séries finais do ensino fundamental que estudam em escolas públicas da capital. A ideia do projeto é apresentar a estrutura e a didática do curso de Petróleo e Gás, o único da universidade que oferece ensino médio. As atividades foram selecionadas de forma a mostrar tanto a dinâmica das aulas de ensino médio — que também faz uso amplo dos laboratórios do SEPT — e das aulas do técnico, realizadas à tarde.

Montagem de uma placa de circuitos elétricos foi uma das atividades propostas aos alunos. Fotos: Nicole Vieira de Moraes/Divulgação

A proposta de apresentar o curso a eventuais futuros alunos estava na fala dos professores participantes. “Escolhi apresentar os aparelhos de metrologia usados nas aulas de mecânica do curso técnico porque eles fazem parte de uma disciplina do 1º ano. Agora, quem entrar não vai ser surpreendido, como é comum”, conta Barrios.

Isso ocorre porque, apesar de o processo seletivo para as 30 vagas anuais do SEPT continuar concorrido, os docentes sentiram a necessidade de divulgar o curso principalmente para possíveis candidatos às vagas reservadas — lista em que a concorrência tem caído. Metade das vagas ficam para alunos que completaram o ensino fundamental em escolas públicas. Dessas, há ainda cotas para alunos negros e com deficiência.

Experiência

As atividades foram escolhidas entre as que poderiam despertar o interesse dos participantes, que se mostrou bem no início. Foram 97 inscritos para 45 vagas via formulário online. “Demos preferência aos alunos de escolas públicas, então os de escolas privadas ficaram na lista de espera”, conta Janaina Brodzinski, professora de matemática e coordenadora do projeto. Para essa primeira experiência, Janaina levou a proposta a duas escolas da região do Cajuru.

Gustavo Urbanetz (à esq.) e André Oliveira (de vermelho), alunos do SEPT, preparam o lançamento de um foguete movido à pressão da água

Professores e estudantes do curso ajudaram a organizar o projeto. Os estudantes (14, no total) participaram diretamente dos experimentes e da palestra de apresentação do curso. Em uma das atividades, Gustavo Urbanetz, que tem 14 anos e cursa o 1.º ano do ensino médio no SEPT, e André Silveira, de 17, mostraram um foguete de garrafa PET que é lançado quando água da torneira comprime o ar no interior do recipiente.

Outras atividades apresentadas por professores foram um holograma caseiro, que projeta em 3D as imagens de um vídeo; um dispositivo que mostra a difração do laser verde, permitindo projetar a imagem das partículas que estão no interior de uma gota d’água; e um quebra-cabeça que mostra o percurso do Rio Belém. Canalizado nos anos 1960, o rio ainda corta Curitiba.

Quebra-cabeça revela o percurso do Rio Belém, que corta Curitiba

Nessa última atividade, alguns alunos ficaram surpresos em saber que há um rio sob a rua Mariano Torres, no Centro, e até nas proximidades da casa de um deles. “É por isso que a Mariano Torres é tão larga, com duas faixas de cada lado e uma canaleta no meio”, explicou Marion do Rocio Foerster, professora de Biologia. “O rio, que já foi tão importante para a história da cidade, passou a ser considerado um problema, um esgotão”.