Em fevereiro deste ano o meia Paulo César Tinga, do Cruzeiro de Belo Horizonte, foi alvo de ofensas racistas. A cada vez que tocava na bola, a torcida na arquibancada imitava sons de macacos. O episódio ocorreu no Peru, em partida realizada contra o Real Garcilaso, e ganhou repercussão internacional por se tratar do maior torneio de futebol do continente sul-americano, a Copa Libertadores da América. O goleiro Aranha, do Santos, também foi vítima de ofensas racistas no final de agosto, em jogo realizado em Porto Alegre contra o Grêmio, pela Copa do Brasil. Um grupo de torcedores foi flagrado por câmeras de tv chamando o goleiro de macaco. O clube gaúcho foi excluído da competição por tribunais desportivos.
Esses foram apenas alguns dos casos de racismo ocorridos este ano no Brasil e em gramados internacionais. Ao longo dos últimos anos, vários jogadores brasileiros já sofreram algum tipo de preconceito em partidas realizadas no continente europeu. Roberto Carlos, Neymar e Daniel Alves foram alguns deles.
Para debater o tema o Núcleo de Estudos de Futebol e Comunicação, do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná reuniu um grupo de craques: o próprio Paulo César Tinga; o ex-jogador e comentarista esportivo Dionísio Filho e o jornalista Leonardo Mendes Júnior. O debate terá a mediação do ex-jogador e comentarista esportivo Serginho Prestes.
O evento “Racismo no Futebol – uma análise da cobertura midiática” será realizado na próxima segunda-feira, dia 27, no Auditório do Departamento de Comunicação Social da UFPR, na rua Bom Jesus, 650, a partir das 19h30min.
A entrada é franca e aberta a todos os interessados. São ofertadas cem vagas e as inscrições podem ser feitas na hora do evento. Será fornecido certificado. Informações: 3313-2000.